Não é novidade que o juiz Sérgio Moro sempre teve lado na Operação Lava Jato, escolhendo seus corruptos de estimação. A delação de Nestor Cerveró nesta segunda-feira, 18/04/2016, mostra bem isso. Não sou eu quem diz e sim um dos patrocinadores do impeachment, o jornal Folha de São Paulo, ao divulgar trechos da delação de Cerveró.
Embora personagens conhecidos se afundem ainda mais na corrupção, como Renan Calheiros e Eduardo Cunha, outros personagens, incluindo senadores, iriam aparecer. Iriam, pois Moro sequer permitiu que Cerveró concluísse a delação, alegando que senadores tem foro privilegiado. Parece que o critério de foro privilegiado funciona pra qualquer um, menos para a presidenta Dilma, ministros ou senadores favoráveis ao governo, com conversas inclusive pessoais grampeadas e divulgadas ilegalmente.
Ora, porque Moro não esperou Cerveró falar qual senador estava envolvido e colocou o áudio sobre sigilo? Também seria falta de ética, mas nem tanta como proibir o depoente de concluir o que ele estava lá para fazer: delação! Parece que o grupo humorístico Porta dos Fundos adivinhou como iria ser o depoimento de Cerveró e, duas semanas antes, no vídeo Delação, revelou o caráter de corrupção seletiva de Moro. O vídeo pode ser visto no link abaixo:
Vídeo Delação – Porta dos Fundos
O texto da Folha de São Paulo pode ser lido no link abaixo:
E antes que a Folha de São Paulo edite ou apague a reportagem com a famosa desculpa “mas pode mudar se quiser”, famosa após “ligações perigosas”, dei print e coloquei aqui abaixo pra todo mundo conferir:
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Independente de sua opinião sobre o impeachment, ou até da falta dela, o acordão para salvar Cunha, Renan e outros, cada vez mais citados na Lava Jato, já começou. E quem deu o pontapé inicial não é sequer do Legislativo, o quê significa que as coisas ainda vão piorar muito.
Bem que Eduardo Cunha avisou ao dar o voto a favor do impeachment: “Que Deus tenha misericórdia desta nação”.