A história do Brasil é bastante conhecida: veio Pedro Álvares Cabral, fez trocas (escambo) com os índios (que também não é o melhor termo), chamou Pero Vaz de Caminha que escreveu pro monarca português e todos viveram felizes para sempre. Será? Certo é que os povos que habitavam a América eram milhares antes da chegada dos europeus e, em poucos anos, tiveram seu contingente populacional reduzido à quase nada. Isso tem nome: etnocídio!
Infelizmente, o massacre sofrido pelos povos indígenas e negros não é contado nos livros didáticos, livros esses escritos por quem ganhou a guerra: os brancos. O Ministério da Educação ainda está longe de selecionar bons livros para o PNLD (Plano Nacional do Livro Didático), que são os livros distribuídos nas escolas públicas. Nas escolas particulares então nem se fala. Desse jeito fica fácil compreender como que as crianças crescem, tornam-se adolescentes, jovens, adultos e muitas não reconhecem o sistema de cotas. Pudera: em anos de escolarização foi naturalizada a sua condição de se submeter aos mais ricos, em geral brancos, desde o livro didático ao observar que quando olham para presídios ou empregos de menor remuneração encontram parentes ou amigos, mas quando olhavam para a universidade era mais difícil encontrar essas pessoas mais próximas deles.
Mas o quê a excelente cantora Luciana Melo tem a ver com isso?
Bem, ocorre que resolvi mudar, ou melhor, contar a verdade, sobre a história do Brasil. E que não venham relativizar a verdade, a menos que algum ilusionista tenha feito o trabalho que as armas letais com pólvora dos europeus fizeram no Brasil.
A paródia abaixo é da música Simples Desejo, de Luciana Melo. A música será referência na novela Sangue Bom, da Globo. Independente de quem goste ou não de novela não se pode negar que os estudantes as assistem. Assim, sabendo que as crianças verão a novela, a jogada da paródia – e é sempre bom fazer isso – é pegar uma música que esteja tocando muito no momento e colocar algum conteúdo nela. Dessa forma, toda vez que ouvirem a música na novela irão associar ao conteúdo que aprenderam na escola. Para além disso, Luciana Melo é uma cantora negra, referência nacional, e a música é linda, ou seja, dá para aproveitar o talento da cantora de todas as formas.
A paródia abaixo fala da chegada de Cabral, o extermínio dos indígenas que viviam no Brasil, saque de riquezas, açoite aos negros e da vontade de libertação da ganância europeia para conseguir um simples desejo: sua terra e os seus bens! A paródia é um ótimo recurso didático para se trabalhar com crianças, assim como o teatro.
Ouça a música/paródia e cante para sua turma da escola, faculdade, namorada, avô, amiga, pra todo mundo que acha que somente negros foram escravizados e que a colonização europeia foi um processo sem muitas guerras. Descubra você também um outro “descobrimento” do Brasil, que valoriza a cultura dos povos indígenas e negros que construíram essa nação. Em tempos de racistas, homofóbicos e estelionatários é sempre bom reforçar
Em tempo… Nessa quarta-feira, 24/04/2013, às 14h00, na Hora Cívica da Escola Classe 40 da Ceilândia, Distrito Federal, o 5º Ano E, dividido em 3 grupos, irá apresentar 3 peças representando negros, brancos e índios no achamento do Brasil. Em seguida, cantaremos a paródia e vou colocar uma apresentação no data show com fotos e vídeos da turma confeccionando o figurino na aula dessa terça-feira 23/04/2013 – é segredo para eles também! Estou muito ansioso, mas confiante. Ocorra o que ocorrer, minha turma já é vencedora e eu os amo de qualquer forma.
Para efetuar download da paródia (2 por folha, incluindo a letra original), clique aqui!
Simples desejo
Paródia de música homônima de Luciana Melo
Criação: Prof. Rafael Ayan
Escola Classe 40 – Ceilândia – DF
Música no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=WAWPeh0Ut5s
Preparação para o teatro: https://www.youtube.com/watch?v=EwzZdofVjr4
Cabral, chegou aqui com Caminha, Caminha
E decretou a sentença
A terra iria ficar
Colonizada
.
Letal, vieram lá de Lisboa, Lisboa,
Mataram muitas pessoas
Roubaram as riquezas suas
.
Conviver, não é bater,
Fizeram isso muito
Na escravidão, uma multidão
De negros em protesto
.
Pra brigar, pra lutar
Os Bantos e os Tamoios
Nunca quiseram o governo português
Eles só tinham um simples desejo
.
REFRÃO
Eles queriam suas terras e os seus bens
Eles queriam suas terras e todos os seus bens
Muito bom Rafael! Parabéns pelo empenho 🙂
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preta nojenta kakakakaka
cuidado comigo,,,,, to chegando
macaco cotista se prepara
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Macaco filho de uma puta
vou estuprar e tacar fogo na sua mãe
sonho com os gritos da velha suja
chorando,implorando para viver
eu ja tenho todos os dados seus e de seus familiares
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