Olá pessoal.
Essa é Yoani Sanchez, perseguida política em Cuba. Vejam nessa foto atual como parece que foi libertada de um cativeiro pelos seguidores de Ernesto Che Guevara:
Só o fato de ser propagandeada pelo guia comercial disfarçado de revista conhecido como Veja, além de outras mídias burguesas sem princípio ético algum, já seria motivo suficiente para desconfiarmos que há algo de estranho nessa “perseguição política de Fidel Castro”. E não é que temos razão de sobra para isso?
O território de Guantánamo, em Cuba, foi arrendado perpetuamente pelos EUA em 1903 para fins de mineração e operações navais. Não é à toa que sempre que a mídia burguesa ou os Estados Unidos se referem à Guantánamo, precedem esse nome de “base naval”, querendo sair das finalidades às quais o território foi destinado e do estigma de um porão de tortura e outras práticas contra os direitos humanos. Ao longo de todo o século XX, várias foram as denúncias contra os desrespeitos da Convenção de Genebra (1864), Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948, após as crueldades do nazismo) e da revisão da Convenção de Genebra em 1949, motivada por este último documento da ONU. A prisão de Guantánamo foi reabastecida de “terroristas” sempre que a economia estadunidense precisava equilibrar as contas e apelava para a forma mais rápida e lucrativa, até hoje, de conseguir dinheiro: a indústria bélica! Foi assim na I Guerra Mundial (que não ficou localizada somente na Europa e teve a atuação discreta dos EUA para enfraquecer as potências européias após o neocolonialismo do século XIX), na II Guerra Mundial (após o ataque à Pearl Harbor), na Guerra do Vietnã, nas investidas contra as espionagens da KGB na Guerra Fria e principalmente após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. O Prêmio (?) Nobel da Paz e presidente dos EUA, Barack Obama, chegou a dizer que iria acabar com a prisão, mas o que fez foi intensificar as torturas numa busca incessante pelo corpo de Osama Bin Laden, garantindo sua releição após a derrocada da economia estadunidense com a bolha imobiliária de 2008.
Mas… e Yoani com isso? Ora, Ainda que tenham muitas pessoas que foram presas planejando atentatos terroristas, de destruição em massa, agindo da mesma forma como os EUA fazem no Pentágono (com o adendo de não serem penalizados por isso), é inegável que na prisão yankee em território cubano também estão muitos perseguidos por fazer oposição política à Obama e seus moleques de recado na Europa e Oriente Médio. Essas pessoas estão sendo mortas, como muitas outras, pelos fuzis, mísseis e embargos econômicos dos EUA, mas a militante virtual Yoani jamais escreveu uma linha sequer dos abusos cometidos por seus patrocinadores em seu blog Generación Y (Geração Y), nem mesmo da (pasmem) prisão de crianças em Guantánamo.
Yoani foi beneficiada pela nova lei de imigração cubana, depois de tentar sair por mais de 20 vezes da ilha. Ela só não consegue explicar como que saiu de Cuba em 2002, indo morar na Suíça, e por quê retornou em 2004, se a ilha é tão ruim assim. Aliás, se olharmos o quanto de dinheiro Yoani ganha em Cuba fazendo o papel de refugiada no próprio país, essa pergunta fica mais clara. Ainda, muitos produtos, até para a necessidade básica dos cubanos, tentam entrar na ilha, mas são impedidos pelo bloqueio imposto pelo “democrático” Estados Unidos. Essa intervenção também impede a exportação de produtos cubanos, ou seja, é de dentro pra fora e de fora pra dentro. Depois se perguntam porque em Cuba a população vive em condições tão ruins. Tão ruins? Vamos ver como isso funciona e qual é o país que Yoani Sanchéz denuncia…
Cuba tem o menor índice de mortalidade infantil das Américas. Não se vê crianças cubanas entregues ao trabalho infantil, à prostituição, ou ao abandono dos pais, pois em Cuba tem-se educação integral de verdade, não só no papel. Na educação cubana, não tem essa de “ensinar a ler e escrever”, pois eles seguem muito mais o educador Paulo Freire do que os próprios brasileiros. Então, quando Freire dizia que “a leitura de mundo precede a leitura da palavra”, temos a materialização dessa prática com a derrocada do regime ditatorial de Fulgêncio Batista em 1958 e a chegada ao poder de Fidel Castro. As crianças cubanas crescem sabendo da situação política de seu país enquanto olham os charutos sendo enrolados nas coxas das mães. É a 16ª colocação no ranking mundial da educação elaborado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), sendo o país da América Latina que mais investe porcentagem do PIB em Educação (10%), enquanto o Brasil teve como meta investir 7% do PIB no Plano Nacional de Educação 2001-2010, meta que não cumpriu e repetiu para o plano seguinte. Quem anda de manhã ou a tarde em Cuba, vai pensar que os comunistas comeram as criancinhas, pois elas não estão nas ruas, vendendo chiclete nos semáforos, trabalhando em minas de carvão ou sendo exploradas sexualmente. Porém, se forem nas escolas, poderão vê-las matriculadas em tempo integral, com assistência médico/odontológica de qualidade oferecida pelo Estado e praticando um ou mais esportes em estruturas tão boas que deixam países capitalistas industrializados comendo poeira.
Falando em esportes, na ilha de Fidel (de Fidel, da distribuição de renda, dos dentes sem cáries, dos médicos que conhecem as famílias pelos nomes, dos reitores que varrem a universidade e não acham que essa seja atividade menor), esse é outro ponto forte. Nas olimpíadas, Cuba aparece como uma das principais potências. No boxe e atletismo, são vários os destaques. Metade na população pratica algum esporte e há investimentos altíssimos para atletas públicos de alto rendimento. Com a queda do muro de Berlim em 1989 e da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) em 1991, caíram também os investimentos na ilha, que ainda assim conseguiu manter um alto padrão de qualidade nos esportes. O fato do esporte estar integrado ao trabalho e à educação proporciona que Cuba tenha um dos melhores índices de saúde no mundo.
Em Cuba, tem-se a relação de 1 médico para 148 habitantes, a melhor do mundo. Das 15 províncias (conhecidas no Brasil por estados), 13 tem faculdade de medicina. Somente em 2012 foram formados quase o dobro de médicos que a ilha tinha em 1959, início do governo de Fidel Castro. Possui a ELAM (Escola Latinoamericana de Medicina), com sede na capital Havana e vários cursos na área da saúde como enfermagem, odontologia e psicologia, formando além de cubanos estudantes advindos da América Latina, Ásia, África e até do seu algoz, os Estados Unidos. Os candidatos de baixa renda tem preferência no processo seletivo. Dessa forma, de cada 4 estudantes da ELAM, 3 são de comunidades carentes. Além do conhecimento técnico sobre saúde, esses estudantes aprendem sobre a literatura comunista, o que contribui para a sua formação humana e para terem um outro olhar sobre a saúde, compreendendo que antes do cartão de crédito há um ser humano, uma identidade a ser respeitada. Por ter um caráter classista ao invés de ser um curso técnico sobre como operar o corpo humano, os egressos da ELAM voltam para suprir a necessidade de profissionais de saúde em suas comunidades. Os médicos, ao invés de ficarem o dia na internet procurando concursos onde se encontra o melhor salário, são integrados aos bairros em que atuam, acompanhando todas as doenças daqueles locais, sabendo o que é hereditário e o que depende de outros fatores, gerando uma proximidade convertida em qualidade de vida para a população e para os profissionais. Isso significa que a medicina cubana aliada à visão comunista do Estado gera um impacto positivo crescente sobre os maiores rincões de pobreza no mundo.
Mas esses números não agradam à todos… A filóloga Yoani Sanchéz formou-se em Cuba sem nunca ter pagado um centavo, como qualquer outro cubano, como qualquer estrangeiro que estude em Cuba, seja na faculdade ou ensino básico. Yoani faltou às aulas de ética profissional e por mais que o mundo comece a acordar que história de imparcialidade na imprensa não existe, a blogueira funcionou como um catalisador desse tipo de opinião. Reclama de perseguição política, mas tornou-se conhecida justamente por publicar um blog direto de Cuba, com um período de intervenção em que seu blog era proibido de ser acessado de dentro do país. Embora ganhe milhares de dólares dos EUA e suas instituições capangas para falar mal de Fidel, como boa mercenária que é, Yoani prefere continuar a viver por lá para ficar com a fama de pobre coitada – claro, tudo isso acompanhado de um bom saldo bancário. Queriam os prisioneiros de Guantánamo, como as crianças que já foram presas por acusação de terrorismo, passarem pela mesma perseguição implacável que Yoani está sofrendo.
Como no livro O monge e o o executivo, de James Hunter, há que se diferenciar poder de autoridade e de que forma cada um deles é utilizado. Para os cubanos que acompanham o crescimento e desenvolvimento do país, os irmãos Castro tem poder. Esse poder, que a imprensa divulga como um reinado de décadas, é compartilhado pelo povo. No Brasil, com tantas trocas de presidente, a população não chega aos pés das políticas sociais e participação política dos moradores de Cuba. Para esse mesmo povo cubano, Yoani é autoritária, pois não conseguindo ter poder, carisma, apelou para o caminho mais fácil e aceitou as migalhas que caem da mesa do Tio Sam para propagandear contra a revolução comunista com ares de liberdade de expressão. Não é que não se possa ser contrário ao regime em Cuba, mas a forma como Yoani age demonstra que antes de investigar qualquer situação, ela já tem o laudo de que é algo ruim e causado pelo atraso do comunismo. Essa metodologia contraria qualquer tratado científico sobre prática jornalística. Definitivamente, Yoani não exerce liderança alguma, mas é campeã de arrecadação de investimentos. Tudo isso no conforto de seus bens e serviços pagos pelos mesmos vagabundos que bancaram a sua atual turnê mundial por 12 países para desgastar a imagem de Fidel Castro.
No Oriente Médio vemos muitos países sem tradição alguma nos esportes, sem respeito às mulheres, sem saúde, educação, lazer, trabalho digno. Na América Latina, Ásia, África, vemos a mesma coisa. Mas onde está a primavera cubana, a insatisfação da população, revoltando-se contra o governo dos irmãos Castro, como assistimos em outras nações? Ela existe no blog de Yoani Sanchéz, mas na vida real, nos corações cubanos, o que se tem é agradecimento e respeito por viverem em uma ilha no quintal dos Estados Unidos que dá exemplo de universalização de políticas sociais.
É Yoani… você vai continuar ganhando seu dinheiro imundo das mesmas cobras que pressionam Cuba a abrir o país para a obsolescência programada de suas bugigangas, com seu filho matriculado em escola cubana por você mesma ter certeza que é uma das melhores educações do mundo. Mas para não abrir mão da sua vida de rainha com viagens pelo mundo, continuará com seu papel de Revista Veja na República das Bananas… banana pra você. Yoani leu o livro de Hunter e avançou para um novo capítulo: como ser autoritária com cara de perseguida política e ganhar milhares de dólares em meio à uma crise de identidade. Crise porque seu blog saturou e as pessoas começaram a se perguntar o óbvio: cadê a população apoiando Yoani, como em nações em que se morre para lutar contra ditadores? Yoani não sabe responder, mas se deu de presente uma capa social em que fala no nome da população cubana sem nunca ter sido chamada para tal. Após seu blog começar a dar sinais de esgotamento e tentar sair do país (sic) por 20 vezes, conseguiu uma saída de gala, hospedando-se nos melhores hotéis e voando de avião por todo o mundo para relatar sua experiência no cativeiro com ar-condicionado que chama de casa.
Para o capitalismo, Yoani Sanchéz é um símbolo de prestígio: criou uma demanda para produtos de consumo (blog, livros, palestras, mentiras contra Fidel), inventando uma perseguição no país com os melhores índices sociais do mundo, tudo isso criticando o comunismo. Olhando assim fica fácil entender como nossa mártir, perseguida politicamente, consegue fazer uma turnê mais badalada do quê a de Madonna.
Em suma é assim Rafael Ayan Ferreira – O que o capitalismo não pode explorar para ter lucro para si, tenta destruir!
De fato, no Brasil se tenta, mas a educação ainda detém os piores índices de avaliação internacional. Amarga os últimos lugares nas classificações. A saúde é caso de polícia – homicídio quase todos os dias por falta de atendimento, erros e médicos brincando de ser Deus – praticando a eutanásia ou mutilando vivos (extração de dentes, lipos e cirurgias plásticas) enquanto políticos pensam em nomes para novos impostos objetivando amenizar a calamidade pública na saúde.
Eurípedes Rodrigues das Neves
Pedagogo, Pós Graduado em Ciências Naturais e matemática … Egresso da Universidade de Brasília em 2009. Professor da SEE/DF desde 1998.
Atualmente em regência na Sala de Recursos em uma das 17 Escolas Pólos no DF em implantação da Proposta do Governo Federal para Escolas Integrais em Tempo Integral (EITI).
A materialização da proposta em implantação distancia quilômetros do texto que a concebe. Diferente de Cuba a má vontade política e burocracia imperam conseguindo atrasar obras de adequação de Salas impróprias e a busca das parcerias para atender estudantes e os próprios profissionais da educação.
Enquanto oferecem uma contrapartida de incentivo R$ 40.000,00 para a Escola Pólo. O O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha segue com rigor e adiantado cronograma de obras, para atender os interesses políticos, seja pelo aniversário de Brasília (21 de abril), seja pela Copa das Confederações em 15 de junho de 2013 e a Copa do Mundo de 2014 com cifras que passam de 1 bilhão.
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Prezado Rafael,
Acredito que você já tenha lido esta reportagem, mas por via das dúvidas gostaria de recomendar esse link
http://www.viomundo.com.br/politica/salim-lamrani-as-40-perguntas-que-yoani-sanchez-nao-ira-responder.html
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