Ainda sobre a discussão do convênio da SEDF com a UnB e a EXPULSÃO dos 12 professores…
a proposta do convênio é a de que os professores continuariam (como continuam) sendo da SEDF e a sua permanência na UnB é para que a universidade tivesse uma proximidade com as demandas da educação básica no DF de forma mais profícua e contínua. Não sei se é a realidade de todos os 12 professores, mas posso dizer que a maioria deles realizam trabalhos na UnB e nas escolas públicas mais do que muito professor efetivo. Aliás, há professores efetivos que não trabalham nem na UnB, quiçá em escolas públicas! É duro principalmente para os gestores da FE/UnB ouvir isso, mas não é novidade que há professores que sequer aparecem pra dar aula.
Bem, a permanência desses professores na FE/UnB não é impeditivo para abrir concurso na SEDF. Esse é o primeiro ponto. Mas vamos além: ainda que fosse, quem defende esse tipo de argumento diz que os professores estariam trabalhando para a UnB e não para a SEDF, o que não é verdade. Os professores da SEDF trabalham, e muito, para as escolas públicas, e só conseguem fazer isso porque não estão na estrutura engessada da educação básica.
Fora isso, os acadêmicos, imortais que são, detestam admitir que há nessa confusão toda um pouco de orgulho, de brigas por espaço nas áreas, de exposição dos professores que não trabalham pelos que trabalham “E NEM SÃO DA CASA”, de picuinha entre docentes pelos mais variados motivos. Eles conseguem discutir qualquer coisa sem emoção alguma, tomar decisões de gestão “imparciais” (ainda que ensinem o contrário).
Se os professores estão tão preocupados assim com as escolas públicas do DF, por qual motivo não fizeram nada em janeiro de 2011 quando a SEDF anunciou a convocação de 1.500 professores (900 pra pedagogia) e fechou a porta na cara de todos momentos depois? Será que não devem se envolver em “questões externas”, ainda que a lambança tenha sido feita na gestão de dois professores da FE/UnB à frente da pasta? Caso afirmativo, porque em ano de eleição estão quase todos com adesivo do PT em suas roupas, carros e portas?
É por esses e outros motivos que os professores da SEDF que trabalham na UnB DEVEM ficar, e isso depende da mobilização da comunidade acadêmica para garantir essa vitória. É certo que não só professores ruins que estão querendo a saída dos conveniados da SEDF, mas nenhum dos professores da SEDF que estão no TREM DA ALEGRIA do governo corrupto de Agnelo Queiroz (PT-DF) vão voltar pra sala de aula e, novamente, não se vê manifestação alguma dos professores que defendem a educação pública do DF. Algum assessor da Rejane Pitanga, atual deputada distrital e ex-dirigente do SINPRO, vai voltar pra sala de aula? O que fazem eles como assessores de gabinetes além de bajulações para conseguir incluir toda a família e amigos no GDF? Somado a isso está a Reitoria da UnB, que por ser ligada ao PT não tem autonomia nenhuma frente ao GDF e já lavou as mãos dizendo que não irá criar problemas para o governo, passando o problema para os departamentos e, o que parecia democracia, virou tirania. Por quê a permanência dos professores não é decidida em reunião ampliada do Conselho da FE, como foi em 2008 a posição da Faculdade sobre a crise que se instalou na gestão Timothy? Por quê são justamente os que tem intriga pessoal com os professores da SEDF que decidem, em reuniões de colegiado em que tem maioria de votos, a EXPULSÃO dos professores conveniados da FE/UnB? Está aí a democracia da Reitoria, que por sinal foi eleita de forma paritária. Quanta contradição entre o discurso e a prática. Aliás, tanto para a Reitoria como para a Direção da FE/UnB, que também foi eleita de forma paritária REAL (e não POTENCIAL, como é o caso da Reitoria) e hoje joga uma decisão tão importante como essa para reuniões com poucas pessoas, mas que se ouvirem falar disso os arautos republicanos vão dizer que são os “legítimos representantes dos segmentos da Faculdade de Educação”. Balela!
Estudantes, egressos e todos que lutam pela educação de qualidade na FE e nas escolas públicas do DF, mobilizem-se para barrar essa injustiça que estão fazendo com alguns dos melhores professores que temos na UnB.